Lucas (Paul Kircher) é um adolescente que está terminando os estudos num colégio semi-interno, perto da pequena cidade rural onde mora no interior da França.
Ele tem seu "pseudo" namorado Oscar (Adrien Casse) que supre suas carências afetivas e sexuais, a mãe (a sempre excelente Juliette Binoche) devotada ao pai, e o irmão mais velho, ausente e egoísta, Quentin (Vincent Lacoste), que não dá a mínima para a família. O pai, também distante, tenta uma reconexão com o filho, assumidamente gay, mas o preconceito cria uma barreira difícil de transpor.
Eis que um acidente de carro que mata o pai vira a vida dessa família de cabeça para baixo.
Quentin tem que deixar Paris, onde mora e trabalha para dar suporte a mãe e ao irmão. A mãe, que só cuidou da família, tem que agora gerir os filhos, e a administração de tudo. Lucas, por sua vez, acha que perdeu a oportunidade de se conectar com o pai, e se culpa pelo acidente, apesar de nem ter estado presente. Ele tem que deixar a escola e a vida rotineira de estudante, para também dar suporte à mãe.
No meio disso tudo, aterra em sua casa uma horda de familiares que nunca viu, mas que passam dias ocupando espaço e sua cabeça. É muita coisa para quem tem muito o que lidar.
Para tentar dar um respiro ao irmão, Quentin sugere que Lucas passe uma semana com ele em Paris, para fugir daquilo tudo por um momento. Porém, o convite é sempre egoísta. Tendo que dividir o apartamento do irmão com o desconhecido (e também gay) Lilio (Erwan Kepoa Falé), Lucas conhece outros lados da sua sexualidade, que podem ser bons, ou não tão bons assim para alguém ainda em formação.
Um turbilhão de sentimentos, informações, desejos, reações, numa atuação potente de Paul Kircher, e claro, da impecável Juliette Binoche, que sempre entrega muito. Daqueles filmes que quando acaba vocé pergunta o número da placa do caminhão que passou por cima de você.
Disponível no Prime Vídeo.
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