Aumento na violência contra lésbicas foi de 50% em 8 anos

Nos últimos oito anos, houve um aumento significativo de 50% nos incidentes de violência direcionada a mulheres lésbicas em todo o território brasileiro. Este aumento foi evidenciado pelo salto dos registros de 1.721 para 3.478 casos. Esses dados foram extraídos de uma pesquisa conduzida por Camila Rocha Firmino, Kamilla Dantas Matias e Suane Felippe Soares, que analisaram informações coletadas pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sisan) entre os anos de 2015 e 2022. A pesquisa recebeu suporte financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

O estudo se debruçou sobre os incidentes de violência contra mulheres lésbicas, tanto os perpetrados por terceiros quanto os autoinfligidos, que foram registrados em serviços de saúde ao longo do período estudado. Os resultados destacam um aumento substancial nos casos de violência sexual, tentativas de suicídio entre jovens lésbicas e episódios de agressão ocorridos em espaços públicos, como ruas e bares. Estes incidentes são relatados em maior frequência em comparação com as ocorrências envolvendo mulheres heterossexuais.

Bandeira lésbica (Foto: Reprodução)

No que se refere a atos de violência autoprovocada, como autolesões, tentativas de suicídio e suicídios, observa-se quase o dobro de casos registrados entre mulheres em comparação com homens.

O estudo intitulado "Violência contra mulheres lésbicas: análise dos registros de atendimento no Sistema Nacional de Agravos de Notificação - Sinan (2015-2022)" está disponível para download gratuito através deste link.

Saiba mais sobre o estudo clicando aqui




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