No decorrer deste mês, o Sistema de Saúde Público britânico (conhecido como NHS) iniciou uma redução nos tratamentos relacionados à identidade de gênero para indivíduos mais jovens. Essa mudança foi desencadeada pela divulgação dos resultados de uma análise conduzida ao longo de quatro anos pela Dra. Hilary Cass, uma especialista em pediatria. Com essa medida, a Inglaterra torna-se o quinto país na Europa a restringir esses medicamentos, motivada pela escassez de evidências que comprovem seus benefícios e pela preocupação com os possíveis danos a longo prazo.
A partir de agora, o NHS deixará de fornecer medicamentos que bloqueiam a puberdade, a menos que os pacientes estejam participando de estudos clínicos. Além disso, o relatório recomendou que hormônios como testosterona e estrogênio, que induzem mudanças físicas permanentes, sejam prescritos a menores com extrema cautela. É importante observar que essas diretrizes não se aplicam aos médicos que atuam em consultórios particulares, os quais atendem apenas uma pequena parcela da população.
"Para a maioria dos jovens, um caminho médico não será a melhor maneira de lidar com a angústia relacionada ao gênero" concluiu o relatório. Em um editorial relacionado, publicado em uma revista médica, Hilary Cass disse que a evidência de que os tratamentos de gênero para jovens eram benéficos foi "construída sobre bases instáveis".
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