As repercussões das eleições legislativas estão sendo profundamente sentidas na comunidade trans, com organizações alertando para um aumento significativo do medo, uma proliferação de mensagens de ódio nas redes sociais e o receio de retrocessos legislativos.
Após as eleições de 10 de março, a Aliança Democrática, formada pelo PSD, CDS e PPM, emergiu como vencedora, enquanto o partido de extrema-direita Chega se consolidou como a terceira força política no parlamento, aumentando seu número de deputados de 12 para 50.
A chamada "ideologia de gênero" foi uma das principais bandeiras do Chega durante a campanha, com o partido defendendo medidas como o fim dos tratamentos hormonais ou cirurgias de redesignação sexual realizados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), especificamente direcionados às pessoas transgênero.
Daniela Bento, coordenadora do Grupo de Reflexão e Intervenção Trans (GRIT) da ILGA, destacou que muitas pessoas dentro da comunidade trans estão enfrentando crescente medo e insegurança devido ao aumento do discurso de ódio. Isso está levando algumas pessoas a recuar no processo de assumir sua identidade.
Na visão de Daniela Bento, há uma incerteza em relação aos próximos passos. A extrema-direita tem utilizado as questões trans como bode expiatório para uma série de problemas sociais mais amplos. No entanto, argumenta-se que as políticas em questão visam melhorar a vida e a autonomia das pessoas trans, que precisam de apoio para viverem suas vidas plenamente.
Em caso de necessidade de ajuda, obtenha informações no site do ILGA e saiba mais sobre os relatos clicando aqui
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