EUROPA: Ascenção da extrema-direita preocupa

Com as eleições europeias se aproximando, os direitos das pessoas LGBT podem estar ameaçados caso a ascensão da extrema-direita se concretize. A ILGA Europa, principal organização de defesa dos direitos LGBT no continente, emitiu um alerta após a apresentação do Mapa Arco-Íris, que avalia a legislação em 49 países europeus.

O receio de estagnação em áreas mais progressistas e de retrocesso em locais onde a extrema-direita ganha força levantou preocupações. O diretor executivo da ILGA, Chaber, destacou a necessidade de compromisso por parte dos candidatos eleitorais para promover mudanças legislativas favoráveis à comunidade LGBT.

Chaber ressaltou que a liberdade de circulação, um valor central da UE, ainda não é garantida para pessoas trans, intersexo, não binárias e para famílias LGBT.

Eleições europeias preocupam população LGBT+ com ascenção da extrema-direita

No Mapa Arco-Íris, a Polônia se destaca negativamente, com uma pontuação de 17,5%, muito abaixo da média da UE (50,6%) e do continente europeu (42%). No entanto, a recente mudança de governo trouxe esperança aos ativistas, que veem "sinais de mudança".

Um desses sinais foi a inclusão de representantes LGBT no debate sobre a possível legislação relacionada às uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, conforme afirmou Dawid Wojtyczka, da Federação Znaki Rownosci: "Apesar de não vermos a mudança ainda, sentimos que ela está chegando".

Wojtyczka acredita que a sociedade polonesa está pronta para novas leis. "Percebemos a disposição da sociedade, só precisamos que o projeto de lei seja aprovado". O atual primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou pouco depois de assumir o cargo que trabalharia para criar uma nova lei que permitisse uniões civis, inclusive para casais do mesmo sexo.

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