Um relatório da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA) revela que quase 75% dos portugueses LGBTQI+ sofreram bullying ou humilhação na escola. Este estudo, lançado por ocasião do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, destaca um aumento da violência contra as minorias sexuais nos últimos cinco anos.
Os resultados apontam que o número de vítimas de violência subiu para 14%, com as pessoas transgênero sendo especialmente afetadas. Além disso, mais da metade dos entrevistados relataram ter sofrido assédio, comparado a 37% anteriormente.
Na escola, dois terços dos entrevistados afirmaram ter sido vítimas de bullying, um aumento significativo em relação a 2019. Em Portugal, o índice de bullying na escola devido à identidade LGBTQI+ atingiu 74%, superando a média europeia.
Os dados também revelam problemas de saúde mental e social, com 14% dos entrevistados considerando o suicídio e 17% enfrentando discriminação no acesso aos serviços de saúde. Além disso, uma porcentagem considerável evita gestos de afeto em público e locais por medo de agressão, e uma minoria relata ter sido vítima de violência física ou sexual, com uma parcela pequena fazendo denúncias à polícia.
A FRA apela aos países membros para que “apliquem uma cultura de tolerância zero” à violência anti-LGBTQ+. No que diz respeito ao ódio na internet, a FRA recomenda “abordar o risco de preconceito nos algoritmos e garantir que as plataformas digitais cumprem a legislação da UE”.
Saiba mais sobre o estudo, clicando aqui
Comentários
Postar um comentário