Âncora do "Em Pauta", da Globo News, Marcelo Cosme usou suas redes sociais para agradecer o apoio após ser "imitado" por Emílio Surita no "Pânico", da Jovem Pan, nesta quarta-feira (24).
O apresentador debochou de Marcelo, marido do médico Frankel Brandão, em atitude considerada homofóbica e causou revolta de Dona Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo (1978-2021) e Carmo Dalla Vecchia, entre outros.
"Eu vou assim bem gostosamente, no passo assim, bem Caetano Veloso, bem Globo News. 'Olá, estamos aqui na Globo News'. Como é que chama aquele cara que faz o programa à noite? O simpático lá. 'Estamos aqui com um programa maravilhoso, pessoas fantásticas'. 'Bote no telão aqui as informações do governo'. Bem solto... muito solto", disparou Emílio, com passagens pela Band, RedeTV!, ambas com o programa homônimo, e SBT, com o televendas "TeleSisan".
Marcelo Cosme retribuiu mensagens de apoio na web
O elenco do "Pânico", atração que conta com nomes como Samy Dana e Daniel Zukerman, acabou rindo do deboche feito pelo apresentador, envolvido em rumor de câncer no intestino em maio de 2023, e pai de Eduardo Surita e Eric Surita, expulso de casa em 2020 ao assumir a bissexualidade.
Por sua vez, Marcelo compartilhou trecho da abertura do "Em Pauta" da noite passada (veja abaixo) e retribuiu algumas mensagens de solidariedade. "Amo a senhora Dona Déa! Muito obrigado. A senhora e seus filhos são exemplos pra todos nós!", escreveu para a mãe de Paulo Gustavo.
"Obrigado meu amigo! Seguimos", prosseguiu para o ator presente na parada LGBT no mês passado. A Jovem Pan emitiu horas após o "Pânico" ir ao ar um pedido de desculpas para o jornalista.
Marcelo Cosme desabafa
"A gente nunca espera ser alvo de discriminação, mesmo que ela esteja ali, sempre como um fantasma para quem é da comunidade LGBTQIA+. A gente também não se acostuma com o preconceito, ainda que ele faça parte do cotidiano. E a gente não pode se conformar e nem normalizar seja qual for a forma que ele se apresente, seja a LGBTFOBIA, o racismo, o machismo e/ou qualquer outro tipo. E muito menos entender a discriminação como uma simples piada", iniciou o comunicador no Instagram.
Em seguida, ele destacou como algo que faz outras pessoas gargalharem pode ser um incentivo brutal ao ódio contra minorias. "A diversão de uns pode representar e incentivar o soco na rua, a lâmpada na cabeça e outros ataques. A gente precisa evoluir e não retroceder. O crime precisa ser visto como crime. Respeitar cada um e suas diferenças nos une. Não é uma pauta apenas brasileira, é uma necessidade mundial", continuou.
Nota do Autor
Já passou o tempo de "pedir desculpas". Homofobia é Crime, está em Lei (7.716/89). Agora é caso de punição. Por a gente "deixar passar" esse tipo de atitudes, é que o Brasil ainda é um dos países que mais mata LGBTs. Não tem que desculpar. Tem que punir.
Informação
Desde 2019, a homofobia é criminalizada no Brasil. A determinação está atrelada à Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”. A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”.
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