Especialista destaca a relevância dos cuidados com a pele durante o processo de transição de gênero

Cuidar da pele é um desafio comum a todos. A rotina de muitas pessoas envolve lavar o rosto, aplicar cremes e protetor solar antes de sair de casa. No entanto, em algumas situações, como no caso de pessoas em transição de gênero que fazem terapia hormonal ou realizam procedimentos cirúrgicos, cuidados específicos se tornam necessários.

As mudanças físicas resultantes dessas intervenções podem afetar diretamente a pele, provocando problemas dermatológicos que variam de leves a graves.

Cynthia Nara, farmacêutica e especialista em produtos para a pele, além de CEO da Pele Rara, comenta sobre alguns cuidados importantes: "Por exemplo, homens trans que utilizam testosterona podem notar um aumento na produção de oleosidade, o que favorece a proliferação da bactéria Propionibacterium acnes, levando à acne crônica. No caso das mulheres trans, o uso de estrogênio pode intensificar a atividade dos melanócitos, aumentando a chance de desenvolver manchas como o melasma."

Ela também aponta que o estresse durante a transição pode afetar a pele: "Altos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, criam um ambiente inflamatório na pele, o que agrava condições como manchas pós-inflamatórias."

Para pessoas com condições pré-existentes, como psoríase, dermatite atópica ou vitiligo, Nara reforça a importância de cuidados mais intensivos: "Cuidar bem da pele nesse período é fundamental para evitar o agravamento das lesões e garantir uma melhor qualidade de vida."

Ela recomenda o uso de sabonetes e hidratantes com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes. "Compreender as necessidades específicas da pele durante a transição e escolher os produtos adequados é crucial para manter a saúde da barreira cutânea e garantir um cuidado eficaz."

Saiba mais sobre o estudo, clique aqui

Comentários