A educadora e ativista Amanda Paschoal (PSOL) foi eleita vereadora da cidade de São Paulo neste domingo (6), aos 31 anos. Ela recebeu 108.624 votos e foi a 5a. pessoa mais bem votada à vereança da capital paulista; segunda entre as mulheres.
Com esses números, Amanda Paschoal supera o feito de sua mentora, a Deputada Federal Erika Hilton (PSOL), que foi a primeira travesti eleita vereadora na cidade de São Paulo, em 2020, com 50.508 votos – a educadora conquistou mais que o dobro deste número.
Amanda foi assessora parlamentar de Erika na Câmara dos Vereadores e teve um forte apoio dela à sua candidatura; as duas também compareceram juntas a diversos compromissos de campanha.
Com a eleição de Amanda Paschoal, a cidade de São Paulo (SP) volta a ter uma vereadora travesti entre seus parlamentares. Erika Hilton foi a primeira travesti eleita na cidade, em 2020, mas deixou o cargo para tomar posse como deputada federal em 2023.
Ao celebrar a vitória nas eleições, Amanda publicou uma foto ao lado da mentora e prometeu dar continuidade ao trabalho dela.
Erika Hilton, por sua vez, disse em vídeo que preparou Amanda para ocupar seu lugar: "Alguém em quem eu confio e com quem construí uma relação política e afetuosa gigantesca. Tenho certeza absoluta que vai representar muitíssimo bem as mulheres, as LGBTs da cidade de São Paulo". E completou: "A gente tem uma trajetória árdua pela frente. Ocupar a política não é nem um pouco saboroso, mas é necessário".
Quem é Amanda Paschoal
Amanda Paschoal é nascida na zona sul de São Paulo e graduada em Turismo e em Meio Ambiente. É co-fundadora do coletivo de arte TRANSarau e coordenadora do Cursinho Popular Demétrio Campos, da Rede Emancipa – em seu site oficial, diz que só teve acesso ao ensino superior graças a um cursinho pré-vestibular exclusivamente para pessoas trans.
Entre suas propostas estão a criação de um fundo dedicado a políticas LGBTQIA+ e a criação de abrigos de acolhimento para esta população, garantir o acesso a contraceptivos e a serviços de aborto legal, ncentivo à arborização e bairros periféricos e educação bilíngue e ensino de Libras nas escolas.
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