FILME: Toda Nudez Será Castigada (1973)

Diretor: Arnaldo Jabor (1973).

Elenco: Paulo Porto, Darlene Glória e Paulo Sacks.

Falando de Nelson Rodrigues, teatrólogo especialista em tramas que lidam com a sexualidade (em todas as suas versões), aqui vai mais um clássico do cinema brasileiro. 

Certo dia, Herculano (Paulo Porto) vai pra casa, onde espera encontrar a esposa e o filho. Ao chegar, depara com um gravador de rolo ligado. Intrigado, ele começa a ouvir a gravação. Nela, sua esposa Geni (Darlene Glória), ex-prostituta, começa a contar vários segredos de sua vida. 

É nesse ponto que o filme volta, em flashback, para o início da história. O então viúvo Herculano passa dias e noites bebendo, enquanto chora a morte da esposa rodeado pelas três tias e pelo irmão. Até que todos se cansam dessa situação, e seu irmão Patrício (Paulo César Pereio) apresenta, através de uma foto, a prostituta Geni a Herculano. 

Os dois se apaixonam loucamente, e Herculano promete casar com ela. Só há um problema: quando da morte da esposa, Herculano prometera a seu filho de 18 anos, Serginho (Paulo Sacks) que jamais teria outra mulher. 

Serginho, ao saber do casamento do pai com a prostituta, volta do interior disposto a destruir tudo. Cheio de reviravoltas e com um final surpreendente, depois de dois meses de exibição, foi tirado dos cinemas pela censura (ainda na época da ditadura), que alegava que a película incitava o “homossexualismo”. Ao mesmo tempo, ganhava o Urso de Prata no festival de Berlim.


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